Na data em comemoramos o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, são muitos os exemplos de mulheres santas na Bíblia, nos altares e no dia a dia de qualquer cidade ou país. Os testemunhos de fé e serviço à Igreja e aos irmãos nos leva a cada dia mais buscar a santidade e a entrega total à vontade de Deus.
Trazemos hoje um exemplo brasileiro, que inspira corações. Até campanha na internet ela já ganhou como ‘candidata’ a padroeira da JMJ Rio2013. Você conhece a Beata Albertina Berkenbrock? Leia mais sobre o assunto na matéria de Leonardo Meira, do Jornal Santuário de Aparecida.
Beata Albertina pode ser padroeira da JMJ Rio 2013
Loira, olhos claros, traços faciais marcantes, um coração cheio de fé... E, por que não, padroeira da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013?
Isso mesmo. A Beata Albertina Berkenbrock é assunto nas redes sociais, graças a uma campanha que pretende incluir a mártir catarinense no rol dos padroeiros da próxima JMJ.
Albertina é referência de valores e estilo de vida para a juventude que vive inserida em um cenário de liberação sexual exagerada. “Ela tem muito a dizer aos jovens, pois viveu bem sua fé e valores humanos. Por isso, a apresentamos nas redes sociais e essa campanha está tomando corpo”, indica o vice-postulador da Causa de Canonização da beata, padre Sérgio Jeremias.
Para cada Jornada, alguns santos ou beatos naturais do país que hospeda o evento são escolhidos como padroeiros. Foi daí que surgiu a ideia de mobilizar os devotos de Albertina no mundo virtual.
O principal motivo é o fato de ela ter sido assassinada ainda jovem, alcançando o martírio, em defesa dos valores da castidade. “Os jovens precisam de um modelo diante de si. É como se cada um deles tivesse marcado na sua fronte: ‘Eu sou de quem primeiro me conquistar’.
Quando são propostos valores concretos de vivência do Evangelho, os jovens aderem a isso”, assegura padre Sérgio.
A Campanha
Tudo começou de forma um tanto “tímida”, via twitter. Depois, veio a criação de banners, páginas e perfil no facebook. Quem entra em contato com a ação também logo se torna um multiplicador.
“Muitos já conheciam Albertina por meio de seu site e das missas no Santuário. Vendo nela um modelo, acabaram também incorporando essa ideia e difundindo a campanha”, destaca o sacerdote, esperando que a ação possa surtir efeito junto à organização da JMJ no país.
Muitos santos e beatos jovens do exterior são cada vez mais conhecidos no Brasil, como é o caso de Santa Teresinha do Menino Jesus e do Beato Pier Giorgio Frassati. “Vemos que a campanha está crescendo, tendo o retorno dos usuários das redes sociais e fazendo com que Albertina se torne mais conhecida”, declara o jovem seminarista André Schueroff, 21, também propagador da ideia.
No caso de a campanha pró-Albertina nas redes sociais alcançar seu objetivo, a beata brasileira passará a ser ainda mais conhecida mundo afora.
Hoje, já há contatos de outros países em busca de material sobre a vida da mártir, como Filipinas, Itália, Estados Unidos e Argentina, por exemplo.
“Queremos mostrar Albertina como portadora de valores heroicos. Alguém que derrama seu sangue por causa de Jesus, sendo jovem, tem algo a dizer aos jovens de hoje – que eles podem ser heróis da fé em seus países”, acredita padre Sérgio.
Por enquanto, não há nenhum tipo de conversação oficial com a comissão organizadora da JMJ, pois a fase de escolha dos padroeiros ainda não foi iniciada. O jeito mesmo é gastar o dedo no teclado, difundir a ideia para o maior número de pessoas possível e torcer. Para se ter uma ideia do alcance do evento, a última edição da JMJ, que aconteceu em agosto de 2011, em Madri, capital espanhola, reuniu mais de dois milhões de jovens de 190 países.
Saiba mais sobre Albertina
A Beata Albertina Berkenbrock nasceu em 11 de abril de 1919, na Vila de São Luís, paróquia São Sebastião de Vargem do Cedro, município de Imaruí, no Estado de Santa Catarina. Filha de um casal de agricultores, Henrique e Josefina Berkenbrock, teve mais oito irmãos e irmãs. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismada em nove de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928.
Aos 12 anos de idade, no dia 15 de junho de 1931, às 16 horas, foi assassinada porque quis preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher, por causa da fé e da fidelidade a Deus.
Recusa-se aos convites eróticos de Maneco Palhoça, conhecido na Vila de São Luís e que já havia abusado de outra garota. Como era alta e forte, Albertina luta com o homem, que, por vingança, afunda um canivete no pescoço da jovem e a degola.
O martírio e a fama de santidade espalharam-se rapidamente de maneira clara e convincente. Na Diocese de Tubarão, é conhecida pelo povo como “a nossa Albertina”. A Beatificação de Albertina aconteceu em 20 de outubro de 2007, em frente à Catedral da Diocese de Tubarão. A celebração eucarística foi presidida pelo então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins.
Agora, alguns possíveis milagres já estão sendo acompanhados em sondagem com Roma, mas ainda estão na fase de comprovação médica. “Esperamos que até o final do ano tenhamos algum sinal verde para os encaminhamentos finais serem apresentados. Com a comprovação de um milagre será possível, então, apresentá-la como santa de devoção ao mundo inteiro”, indica padre Sérgio.
FONTE: Rio2013
CONHEÇA MAIS: Beata Albertina Berkenbrock
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