sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Os pilares da JMJ

Uma carta para pedir orações, o primeiro passo da preparação da Jornada

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Dizem que um edifício sem alicerces não se pode construir. Na Jornada Mundial da Juventude de Madrid, sempre foi claro desde o primeiro momento. A JMJ fundamenta-se na oração. Depois do imenso entusiasmo, no último dia da JMJ de Sidney, com o anúncio de que a próxima Jornada Mundial seria em Madrid… tinha chegado a hora de começar a trabalhar.

Por isso, o primeiro passo dado pelo Cardeal de Madrid, Antonio María Rouco Varela, foi escrever uma carta a todos os mosteiros e casas de vida contemplativa de Espanha, para que rezassem pelos jovens que viriam a Madrid.

Em Espanha há mais de 800 conventos espalhados por todo o país. Beneditinos, Cartuxos, Jerónimos… Carmelitas, Agostinianas, Franciscanas… Cada qual com a sua espiritualidade mas com uma missão comum: ocupar-se de Deus, em assídua oração e generosa penitência.

A estes conventos somaram-se mosteiros de vida contemplativa de todos os cantos do mundo, que preparam com a sua oração o próximo encontro de Madrid.

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“Descobri a minha vocação numa JMJ”
Na vigília em Hyde Park, na sua visita ao Reino Unido, Bento XVI animou todos os jovens a escutar a voz de Deus: “só Jesus conhece a ‘missão concreta’ que pensa para vós. Perguntai ao Senhor o que deseja de vós e pedi-lhe a generosidade de dizer sim”.

Entre os caminhos para seguir a Deus, salientou o “da vida religiosa contemplativa, que sustém o testemunho e a actividade da Igreja com a sua oração constante”.

Contudo, pode alguém ter vocação na vida contemplativa no mundo de hoje? E o mais importante: como descobri-la?

Muitos jovens foram tocados por Deus, numa Jornada Mundial da Juventude, e chamados depois à vida religiosa. A JMJ de Roma no ano 2000 foi uma ocasião para muitas pessoas. Uma monja de um dos conventos com mais vocações de Espanha dizia: “Não me dei conta do que se tinha passado ali. E mais ainda, creio que não entendi muito bem o que disse o Santo Padre. No entanto, nesse acontecimento vi muitos jovens que viviam a mesma fé que eu. Era como se na JMJ, sem me dar conta, tivesse sido marcada com um selo indelével. Cada vez que ia a uma discoteca dizia para mim mesma: ‘tu conheceste outra forma de viver, mais plena’. E assim vi a minha vocação, e decidi entrar no convento”.

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Uma daquelas jovens que participou na JMJ de Roma, e que agora nos recebe no seu convento, confidenciava há pouco tempo a algumas pessoas que estão a trabalhar para a Jornada de Madrid: “Uma das frases que deixou uma marca maior na minha vida foi a frase de João Paulo II em Tor Vergata: “Não busqueis noutro sítio o que só Ele vos pode dar. Creio que essa é a grande missão da Jornada Mundial: dar Cristo, mostrar aos jovens o que a felicidade passageira do mundo não pode dar”.

A Jornada Mundial da Juventude agradece a generosidade da oração e a entrega de vida de tantas pessoas, que a partir de lugar escondido ao mundo sustem os preparativos de cada JMJ.

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