sexta-feira, 8 de outubro de 2010

“O mundo só dá água salgada”

Linda é uma fã incondicional das JMJ. Descobre como mudaram a

sua vida.

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Madrid, 4 de Outubro de 2010.- Linda participou num encontro de jovens com João Paulo II e, desde então, não pôde deixar de participar neles. 1995 marcou a sua vida após a participação com 18 anos no Ágora de Loreto, um encontro dos jovens com o Papa.

Linda nasceu na Nicarágua e trabalha, além de outros lugares, na Universidade Centro-Americana como professora. Encontra-se desejosa de deslocar-se a Madrid para participar na JMJ em 2011. Tem vontade de repetir a experiênciamais uma vez.

Recorda com carinho a primeira vez que esteve próximo de João Paulo II, um momento que mudou a sua vida: “Podia-se respirar no ar a presença de Cristo. Nunca o esquecerei. O Papa existia, era real e além disso entendia os meus problemas e medos, como por exemplo as provas por que passava no meu primeiro ano de universidade tentando viver como a Igreja ensinava”.

Uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi que se sentia interpelada pessoalmente: “A mensagem era para mim, falava-me a mim, não importava que estivesse no meio de milhares de pessoas. As suas palavras eram para mim, era o próprio Jesus a dizer-me: ‘Ânimo, é verdade, estou vivo e te entendo e Eu ajudo-te’”, relata.

De regresso à Nicarágua depois da experiência, esta jovem pensava continuamente na melhor forma de dar a vida por Cristo. Um ano mais tarde, foi escolhida como catequista de adultos na sua paróquia, o que implicou em muitas ocasiões não assistir a festas ou ir de viagem com os seus amigos. “Mas valeu a pena escolher Cristo” porque foi muito o que recebeu da parte da Igreja. Daí que marcasse como meta assistir a todas as JMJ possíveis e, mesmo tendo grandes dificuldades para financiar as viagens – naquela altura era uma estudante sem condições económicas - obteve o milagre.

Em 1997 assistiu à JMJ de Paris, em 2002 à de Toronto e em 2005 acorreu a Colónia. “Cada vez que se aproximava uma Jornada da Juventude pedia a Nossa Senhora que me permitisse participar naquela que é a maior festa da juventude”, relata Linda.

Cada uma destas Jornadas renovou a sua fé. Linda utiliza a comparação da lâmpada que necessita do azeite para se manter acesa. “O azeite que recolhi em França para a minha lâmpada, deu-me forças para sustentar a minha castidade num momento crítico da minha vida porque consegui terminar com uma relação que não tinha futuro, ainda se eu me negava a vê-lo. Dois meses depois da peregrinação, a relação terminou e estou convencida que foi para o meu bem e que o Senhor se encarregou de tudo”.

Por outro lado, “o azeite que recebi na Alemanha deu-me forças para bendizer a Deus quando a minha mãe morreu, um ano depois. Custou-me muito entender que tudo terminara de um dia para o outro; custou-me entender ainda mais a morte do meu pai dois anos depois... mas bendigo a Deus porque me dei conta que me quer livre e sem amarras, mesmo que doa muito”, explica a jovem Linda.

“Cada Jornada é um encontro com Jesus Cristo Ressuscitado que me renova a fé, que me fala do seu Amor por mim. Eu descobri em cada uma delas um pouco mais das minhas debilidades e a força de Jesus Cristo que perdoa os meus pecados e me oferece água viva e azeite para a minha lâmpada. Necessito encher a minha lâmpada de azeite e tomar dessa água que sacia porque no mundo só encontro água salgada, que unicamente serve para ser cuspida”, conta Linda emocionada.

No entanto, certa tristeza a invade ao pensar que, por problemas de saúde, talvez não possa deslocar-se a Madrid. “Será feita a vontade de Deus; os milagres são dele”, confirma esperançada a nicaraguense.

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