domingo, 19 de setembro de 2010

A santa madrilena, patrona da JMJ Madrid

A santa madrilena, patrona da JMJ, evidenciou-se pela sua vida de piedade na Eucaristia e na oração

Santa Maria de la Cabeza,
patrona da JMJ

Madrid, 9 de Setembro de 2010.- Há 900 anos, em plena Idade Média, a cidade de Madrid vivia tempos tumultuosos. Recentemente reconquistada pelos cristãos, em 1085, durante o século XII sofre duas incursões importantes por parte dos reinos muçulmanos sediados no sul da Península Ibérica. Nesse contexto viveram santa Maria de la Cabeza - cuja festa celebramos em 9 de Setembro - e são Isidro.

Apesar do passar dos séculos, o exemplo de santidade de Isidro e Maria continua a demostrar o sentido vocacional do matrimónio, não somente como uma instituição que soluciona uma necessidade afectiva ou que leva a ter descendência, mas como uma vocação através da qual se pode alcançar a santidade.

Santa Maria de la Cabeza nasce numa data desconhecida em finais do século XI ou princípios do século XII. A sua vida é a de uma comum donzela num Madrid recém-anexado ao Reino de Castela. A sua condição de fronteira faz com que os territórios que rodeiam a actual capital de Espanha sofram incursões militares por parte dos reinos muçulmanos do sul da Península.

Numa das invasões das forças mouras, Isidro vai à povoação de Torrelaguna, onde conhece Maria, a sua futura esposa. Fruto do seu matrimónio nasce Illán, que em tenra idade caiu num poço. As orações de Maria e Isidro fizeram que a água do poço subisse milagrosamente até levar o menino aos braços seguros de seus pais. Este milagre foi representado em numerosas ocasiões, das quais a mais famosa é obra do pintor Alonso Cano em 1648, que pode admirar-se no Museu do Prado de Madrid.

Na Idade Média, a vida para a mulher não era fácil. Maria acumulava com as tarefas de casa, outras actividades no campo, apoiando o seu esposo.

Foi uma mulher santa, humilde, trabalhadora, boa esposa e mãe de família, virtuosa e devota. Depois da morte do seu marido, em 1172, regressou a Torrelaguna e morreu com fama de santidade em 1175 ou 1180.

Depois de várias trasladações as relíquias da sua cabeça reuniram-se finalmente, em 1769, na Real Colegiata de São Isidro de Madrid - onde se podem venerar actualmente -, com o corpo incorrupto do seu esposo e patrono de Madrid, são Isidro Lavrador.

O milagre do poço, 1648,
Alonso Cano

Santidade no matrimónio
Isidro e Maria viveram um matrimónio santo e foram pais de família em sentido cristão e evangélico que, pelo seu amor a Cristo e à Santíssima Virgem, se santificaram mediante o exercício dos seus grandes amores e virtudes, deixando-nos como exemplo, o seu testemunho de vida. Este exemplo de santidade no matrimónio é proposto aos jovens de todo o mundo que participam nos preparativos da Jornada Mundial da Juventude de Madrid, e na sua celebração em Agosto de 2011.

- Amor ao Senhor, mediante a oração e a eucaristia.
- Amor à figura da Virgem Maria (nas suas invocações madrilenas de Almudena e Atocha, sobretudo).
- Amor à família (esposo e filho).
- Amor ao próximo, mediante as suas contínuas práticas, por vezes milagrosas, de caridade.
- Amor ao trabalho, entendendo-o e vivendo-o como meio de santificação e louvor a Deus.

Desde o século XIII a Real Congregação de São Isidro cuida e promove a difusão do exemplo de vida deste casal santo.

Fonte: madrid11.com

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