quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Jovens de todo mundo criam pequenos negócios para custear sua ida a JMJ

Jovens de todo o mundo criam que permitam custear a sua viagem à Jornada Mundial da Juventude de Madrid.
Lavar carros, vender doces ou pulseiras são algumas das actividades, na sua maioria artesanais, que servem aos jovens para angariar o dinheiro necessário para viajar a Madrid em Agosto de 2011

Madrid, 24 de Agosto de 2010 - Viajar até Madrid para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não é tarefa fácil para a maioria dos jovens. Em muitos países o custo de deslocamento é elevado e as economias dos jovens não são suficientes para custear a viagem. No entanto, a ambição e o entusiasmo suscitam a criatividade para levarem a cabo actividades que lhes permitam ganhar algum dinheiro para pagar a viagem.

Salpicões, tamales e doces: passaporte para a JMJ
Karen, Paulina e Nataly, de 23, 19 e 17, respectivamente, são três amigas que em menos de um ano viajarão até Madrid. Nasceram em Medellín (Colômbia), onde trabalham e estudam. ""Depois da JMJ de Sidney, vimos um vídeo em que o Papa anunciava que a próxima JMJ teria lugar em Madrid", relata Karen. "Encheu-nos de emoção e pedimos ao Senhor que nos concedesse estar presentes".

Para alcançá-lo, realizam actividades com o objectivo de conseguir o dinheiro necessário para custear a viagem. "Estamos a fazer diferentes trabalhos, como a venda de doces, salpicões e tamales, entre outros". Também preparam pequenos-almoços na sua paróquia nalguns Domingos.

Outro exemplo é o de Deissy, da cidade colombiana de Cundinamarca. Conta que junto com o seu grupo de amigos vende almoços nos convívios que se organizam a cada mês e todos juntos fazem a chamada "marcha do ovo", na qual os jovens visitam as casas do bairro "para pedir que nos ofereçam ovos para depois vendê-los".

Em Pereira, povoação colombiana situada no afamado Eje Cafetero, foi colocada toda a máquina em funcionamento para que vá a Madrid o maior número de jovens possível. Por isto, financiados por uma empresa, encomendaram milhares de "manillas", ou pulseiras, que "vendemos nas ruas, feiras ou centros comerciais", explica Didier Duque, responsável do grupo de jovens da catedral Nossa Senhora da Pobreza.


Por outro lado, Ieda, de Brasília (Brasil), explica que na sua paróquia "estamos a fazer de tudo". O que tem mais êxito é a "venda de água mineral em eventos diversos" ou "lavar os carros de outros paroquianos", conta entusiasmada.

Em Arequipa (Perú), os jovens também estão animados na realização de actividades para ir a Madrid. Jesus (20 anos) e vários dos seus amigos confeccionam porta-chaves e separadores para Bíblias, para além de livros adornados com imagens religiosas. Contudo, a ideia mais recente foi a venda de cabides para móveis. Foi uma ideia agarrada por muitos outros jovens que tomaram nota para "fabricá-los" também.

"Typical Spanish"
Alguns jovens têm Madrid presente quase 24 horas por dia. Consultam com assiduidade mapas e atlas nos quais situam a sede da próxima JMJ. Outros fazem-no através da Internet. Para alimentar este interesse por Espanha e dar a conhecer as suas tradições, um bom número destes futuros peregrinos pôs mãos à obra e dedica-se à venda de doces típicos espanhóis. É o caso de Maria que, desde El Salvador, conta: no Natal "vendemos Bolo-Rei", algo "muito típico em Espanha", explica. "Também confeccionámos torrijas (rabanadas)", outro doce tradicional espanhol que se consome na Semana Santa

A maioria destes jovens coincide em assinalar que a viagem começa no momento em que se põem em marcha estas tarefas. São só algumas ideias, mas há muitas outras que podem abrir caminho até Madrid. Por isso, a JMJ, para eles, já começou.

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